As minhas filhas adoram que as sente no banco do meu orgão (instrumento musical ok?) e que as deixe tocar nas teclas.
Algumas já não tocam, tal não é a falta de prática e utilização.
Foi a minha avozinha que me ofereceu o orgão.
Era pequena, tinha 5 anos e adorava tocar.
Na altura vivia na Alemanha.
Cá em Portugal a minha tão querida avó ofereceu-me o orgão no dia dos meus aninhos.
A partir desse dia e durante 4 anos tive aulas de música.
Foram anos secantes, mas na altura não tinha capacidade para explicar ao meu pai que aquilo não eram aulas, e inventava dores de barriga do nada, e curiosamente só as tinha aos sábados, até que ele se apercebeu que eu não tinha vontade e deixou-me acabar com as secantes horas a tocar Coimbra do Choupal e valsa.
Mas...o meu orgão tem muitro significado para mim.
Olho para ele, enquanto o limpo e protego do pó, e recordo os momentos também bons que ele me proporcionou.
Não foram assim tantos quanto isso, mas marcantes.
Recordo com muita saudade aqueles tempos em que tocavam para mim, em que acreditava em finais felizes, em que dava por mim a desejar o impensável, em que nada mais importava senão a velocidade com que batia o meu coração ao mesmo tempo que me faltava o ar e as palavras.
Recordo com nostalgia o ano que me convidaram para tocar na igreja, porque era Natal, e chegou à altura de desatei a chorar com nervos.
O meu orgão está em casa, e fico deliciada ao ver as minhas rainhas a fazerem sons com ele, é uma mistura explosiva de presente cheio com passado fugaz...muito fugaz...
hummm não fazia ideia que sabias tocar orgão eheh
ResponderEliminarjá eu adorava as aulas de musica, ao ponto de ter frequentado o conservatório durante 5 aninhos ah pois é eheheh
jcas