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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2010

(É importante) Sorrir

...só porque me questionaram ontem como conseguia falar de um facto tão doloroso com um sorriso nos lábios, lembrei-me de escrever sobre o sorriso. Não o riso, o sorriso. Quando rimos reagimos a algo que nos faz feliz naquele instante, nos torna extrovertidos. Quando sorrimos fazemo-lo em silêncio e normalmente dura um pequeno instante mas por vezes tem um valor incalculável ( recordo com muitas saudades o sorriso do meu avô, os vários sorrisos das minhas filhas quando eram bebés de dias, que me encantavam e orgulhavam só, pelo simples facto, de estarem a sorrir, mesmo de forma ainda involuntária ). Gosto de ambos: do riso e do sorriso. Gosto do poder de umas boas gargalhadas, de prefencia sucessivas ( embora considere o meu riso impróprio para certos expectadores já que se ouve a metros ) mas admito que sorrio muito mais, por vezes enquanto ouço uma música ou reveja uma foto, ou até por nada em especial. Considero o sorriso muito poderoso, muitas vezes conseguimos sorrir apena

Sensação de Missão Cumprida

Recados animados É a que sinto.   A minha participação correu muito bem, assim como de toda a mesa constituída por uma médica obstétrica, uma enfermeira-chefe de internamento na obstetrícia, a minha pessoa e um psicólogo muito simpático.   Abordei, enquanto testemunho, as emoções que se sofrem na maternidade, no caso especial de morte fetal a passagem violenta de um estado de alegria para tristeza profunda.   Sinto que correu muito bem.   E missão cumprida porquê?   Porque o que gostaria de ter dito a um médico há 4 anos atrás disse hoje! Tudo na vida tem o seu tempo, o meu chegou hoje. Não traz, infelizmente, a minha filha de volta mas alerta estes profissionais de saúde que há maneiras menos próprias para se lidar com a má notícia.   A minha filha esteve sempre comigo, desta vez consigo imaginá-la a bater palminhas de orgulho da mãe por esta não chorar por ela...mas sim sorrir quando fala dela!   Obrigada primaça!   Já disse que sou uma sortuda? Que tenho a melhor

II Colóquio de Enfermagem no Hospital Santo André (Leiria)

Irei amanhã participar deste colóquio, vou dar o meu testemunho enquanto mãe que passou por uma morte fetal. É uma honra poder fazê-lo e também uma grande responsabilidade já que irei dar voz a tantas mães que passaram por esta cruel realidade, por esta dor sufocante do insitente silêncio sobre o tema. Quero e vou transmitir a minha história, dar a conhecer a minha filha , tentar sensibilizar médicos e enfermeiros para a importância do lado humano...tantas vezes esquecido...assim como dar a conhecer a Artémis. Estou ansiosa, nervosa, mas acima de tudo FELIZ porque vou falar da minha filha!!!

Gostava de...

...ter sido o que tinha idealizado ser, em tempos ou anos de adolescência. Gostava que me tivessem dado ouvidos, que tentassem ter percebido o porquê das minhas escolhas, gostava que tivessem respondido "se calhar não é o melhor para ti mas vai...tenta, segue o teu caminho", gostava de ter tido a oportunidade de ter tentado aquilo que achava que me fazia feliz, gostava de poder admitir em qualquer altura da minha vida que não foi bom, que não escolhi bem, que deveria ter dado ouvidos, gostava de afirmar hoje que escolhi bem o meu caminho, gostava de agradecer hoje o facto de não me terem deixado seguir o meu caminho. Gostava de continuar a pensar igual ao que penso hoje...daqui a 15 ou 20 anos quando for confrontada com as escolhas de vida das minhas filhas. Não sei o que reserva o dia de amanhã (ninguém sabe) mas sei que não vou proibir, sei que não vou criticar as escolhas delas por mais estúpidas que possam parecer, sei que vou estar ao lado delas...para tudo! Infeliz

Alma cheia

Tive uma semana pesada. Levar trabalho do trabalho para fazer em casa. Deitar tarde. Levantar ainda mais cedo que o normal.Chegar tarde a casa. Toda a semana. As viagens de regresso a casa...essas têm sido "violentas". O sono tem insistido em querer apoderar-se na minha condução, o que fez com que passasse o caminho para casa a abrir as janelas do carro ( para apanhar vento no focinho ), colocar a música do rádio em volume considerado alto ( numa imitação rasca de bimba-girl ). Eis que chego a casa. Por mais cansaço que tenha este fica adormecido quando abraço as minhas filhas, na verdade estou a abraçar o mundo, pois mais nada nem ninguém existe para mim naqueles momentos. Apenas existimos as três. Não tenho muito na vida, mas tenho a alma cheia quando estou na companhia das minhas crias!E é tão bom viver com a alma cheia.

Uma canção para mim

(Imagem retirada da net) Ao som do seu mini-piano canta assim a pequena-maior: Oh mãe, oh mãe Quando tavas na martinidade Tive tantas saudades tuas. Quando a mana nasceu Tive tantas saudades tuas Tantas tantas Oh mãe, oh mãe Chorei tantas lárgimas De solidão Oh mãe, oh mãe Mas agora que estás aqui Estou tão farta de ti ! E posto isto...Lá lá lá lá....

Passo (então) a explicar

Para além de ter um tom de pele muito claro ( exemplo disso é quando vou à praia os 1ºs dias prefiro locais pouco frequentados com receio de ser confundida com a areia e pisada ) sempre tive olheiras. Ora para quem sempre teve olheiras quando não descansa o mínimo a coisa complica-se. É o caso de hoje. A pequena-mais-pequena decidiu passar a noite a chorar e com tosse. Ora tossia e a seguir chorava. Ora chorava e a seguir tossia. Toda-a-santinha-noite neste filme. E eu queria dormir. E a pequena não descansava. E assim se passou a ennnnnnoooooooorrrrrmmmmmmmeeeee noite e eis que toca o despertador, estava eu a dormir há minutos. Portanto esta cara que tenho hoje é mesmo falta de descanso....ok? Explicado? Percebido? Há dúvidas? Consegui fundamentar o facto de ter olheiras até ao pescoço? Já diz o ditado que "Quando Deus se cansou de educar crianças criou as mães".

Coisas dela

A pequena-maior estava a jantar e engasgou-se. Começou a bater com a mão no peito enquanto tossia. Eu ( a mãe mais stressada do planeta e arredores ) perguntei se estava tudo bem, ao que responde: " ...não te preocupes...são coisas minhas! " Moral da história: A pequena estava engasgada, mas eram lá coisas dela (lol)

Vicio ou Prazer

Tenho alguma dificuldade a resistir a "coisas" com chantilly. Se há "coisas" que adoro é chantilly ( será fetiche?!? ) e com muito chantilly. É daquelas "coisas"... Hoje não resisti e comi um bolo com chantilly. Quer dizer... era mais chantilly que bolo, mas não fica bem pedir um chantillyzinho por favor  pois não? Confesso que fiquei naquele pensamento cruzado " ah e tal...isto deve-me fazer mal ao colesterol ", enquanto me deliciava com o "dito chantilly". De repente olhei para o papel que me foi posto na mesa. Segundo o mesmo tinha consumido um bolo de nome Religioso . Fiquei muito mais tranquila! Afinal se eu tinha ingerido um "religioso" era porque não tinha cometido nenhum pecado!

Mulher

Na próxima semana, dia 8, será comemorado o Dia da Mulher, um dia com significado histórico. Gosto de ser mulher, se bem que provavelmente estou um pouco à parte do que pensa e age a “maioria” das mulheres...que conheço, claro está. Porquê? Porque não vou todas as semanas ao cabeleireiro, porque não gasto fortunas em roupas e afins para me sentir mais isto ou mais aquilo, porque também não me preocupo de forma obsessiva com a minha silhueta ( gosto mesmo muito de mim, serei narcisista?!? ), porque não faço nem nunca fiz dietas porque sei comer correctamente ( muita vez ao dia e pouco de cada vez ), porque sofro como o caraças com a depilação, porque não passo a vida a criticar a vida desta ou daquela ( tenho coisas muito mais interessantes com que pensar ), porque não sei ser hipócrita e fingir que está tudo bem com um sorriso amarelo ( quando não está bem eu faço-me ouvir ), porque detesto ir a consultas de ginecologia e nunca as considero como algo natural ( nem mesmo depois de t

Eu, croma, confesso

(Imagem copiada daqui ) Gosto de ouvir a Comercial ( passo a publicidade ), e divirto-me imenso com esta Caderneta. Na semana passada o tema era os slows ( aquelas músicas de "antigamente" que consistiam em dançarmos de-va-ga-ri-nho agarradas a alguém ). Não consigo explicar a figurinha...a minha, claro! Porque ri imenso da imagem que se apoderou do meu cérebro e me fez recordar os tempos em que ia à discoteca à tarde ( sempre às escondidas do meu pai, claro, até nas matinés tinha que ser de fugida...pfff... ). Então houve uma bela tarde que se aproximou um rapazito e me convidou para dançar. Era moda ok? A malta dançava até com desconhecidos! Lá fui eu...ao belo slow... De repente vira-se a figurinha para mim e pergunta: " És virgem ?" Parou tudo! Eu, que sempre fui branquela, fiquei da cor das luzes...mas respondi, ao mesmo tempo que lhe pisei o pé: " Não... " Insiste de novo a figurinha, muito interessado " Não és virgem?!? &quo

Então é assim

(Imagem retirada da net) Uma pessoa conhecida perguntou-me, noutro dia, se eu tinha mesmo um blog. Quando me questionou reparei que deu algum ênfase ao " mesmo um blog ", como se estivesse a falar de algo muito invulgar. Confirmei que tinha mesmo um blog, mas recordo a cara de surpresa feita na resposta ( sou uma ganda maluca ). Pois é, tenho e gosto de ter um blog. Gosto muito de escrever, faz-me bem à alma ( e a outras coisas também ). O que escrevo depende da pancada com que acordo ( ou da pancada própria de quem por vezes nem chega a dormir ), mas acima de tudo o que escrevo é parte de mim, sentido por mim, vivido por mim. Pode não interessar a ninguém, mas isso também ... não interessa nada!